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1 de janeiro de 2011

13. De volta ao Canadá

    Os médicos saíram do quarto e me deixaram sozinha com a garota negra.
    ▬ Oi – eu disse.
    ▬ Oi – ela disse aparentemente sem jeito.
    ▬ Qual seu nome?
    ▬ É Nathana.
    ▬ Prazer Nathana eu sou Megan né?
    ▬ [RS] É sim.
    ▬ O que aconteceu que to em um hospital?
    ▬ Você caiu da escada e bateu a cabeça muito forte.
    ▬ Nossa. O que você é minha?
    ▬ Sou sua melhor amiga.
    ▬ E como a gente se conheceu?
    ▬ A gente se conheceu na 5ª série e desde então a gente não se separou.
    ▬ Em que série eu to?
    ▬ No 2º ano.
    ▬ Isso é muito? – eu estava confusa.
    ▬ 6 anos de amizade.
    ▬ Wow... Você é tímida assim?
    ▬ Não, só no começo. Sabe... Não me sinto muito bem.
    ▬ É acho que entendi.
    Ela saiu a mando dos médicos. Eles me medicaram e tudo mais. E disseram que Eu teria alta parar ser cuidada no Canadá.
    Eu estava pronta sai com a Nathana. Varias pessoas vieram me abraçar pessoas que eu não conhecia, pelo menos não agora. Um garoto me chamou atenção, cabelos lisos, meio loiro, um pouco mais alto que eu, pele macia e linda, meio branquinho, olhos castanhos escuros, bem vestido, com olheiras, como se tivesse passado muito tempo aqui e como se estivesse preocupado. Meu coração começou a bater mais rápido de repente.
    ▬ Olá querida eu sou a Pattie.
    ▬ Oi Pattie – eu forcei um sorriso – Eu lembro de você – uma garotinha loira, linda... Eu a conheço de algum lugar. De repente me veio umas cenas na cabeça, eu tomando sorvete com ela, brincando com ela – É Jazmyn não?
    ▬ Meme – ela me deu um abraço, eu retribui. Todos me olhavam curiosos.
    ▬ Temos que ir. – disse Pattie.
    Não era bem um aeroporto era meio que, um avião particular, eu pedi pra sentar sozinha. Disseram que ia demorar. Sentei o mais longe possível, na frente. Fiquei olhando o sol se por, tentando lembrar de tudo, mas não conseguia. Quando estava totalmente escuro, todos apagaram. O garoto loiro apareceu do meu lado, nem o vi se sentar ali.
    ▬ Trouxe esse cobertor pra você.
    ▬ Não precisa não estou com frio.
    ▬ Como sempre. Toma – mesmo assim ele me entregou.
    ▬ Brigada – eu me cobri. Mais uma vez o olhei. E me perdi em seu olhar, mas rapidamente eu voltei a ficar meia deitada.
    ▬ Você ta bem?
    ▬ Estou. O que você é meu? – ele me olhou, um olhar de tristeza como se ele não quisesse me magoar – O que? – eu forcei.
    ▬ Eu era.. Humm... Seu ex-namorado.
    ▬ Ata – eu fiquei sem reação meu ex-namorado? – E como a gente se conheceu?
    ▬ Eu escolhi 25 Beliebers... – eu o cortei.
    ▬ O que é uma Belieber?
    ▬ São minhas fãs! – fãs?
    ▬ Ata. Continua.
    ▬ Eu vi seu vídeo e me apaixonei pelos primeiros dois segundos do vídeo – ele sorriu com a lembrança – a gente se conheceu no banheiro, no hotel. Você queria comer mais não tinha o numero da recepção e foi no meu quarto pedir o numero. Foi ai que tudo aconteceu, sabe, a gente não se separou mais, até o dia em que você teve que voltar pro Brasil.
    ▬ Brasil?
    ▬ É. – ele sorriu – Brasil.
    ▬ Como... – minha voz falhou – como eu sou?
    ▬ Tem certeza que quer saber? – ele sorriu, um sorriso lindo.
    ▬ Claro – eu enruguei a testa.
    ▬ Okay. Você é muito feliz, vivi sorrindo e me fazendo sorrir, é muito nervosa e me bate quase todo dia. Não sente muito frio, gosta de pular, você canta bem... Você ama vampiros, queria virar gótica mais ninguém deixou, sinceramente você como gótica é muito linda às vezes quando você quer você se veste, nem liga pro que dizem, às vezes é arrogante, chata, irresponsável, mais só quando ta brava, quando ta nervosa fala tudo na cara, se a pessoa ficar magoada você pede desculpa e quase chora – ele respirou – você é sentimental de mais, você chora do nada, em um desenho, em filmes de romance, ação, terror, em novelas, em musicas... Você ama abraçar, queria ser negra, queria ter cabelos cacheados, queria ter covinhas, usa gíria na maior parte do tempo, fica olhando o relógio ate os números ficarem iguais, vive escutando musica, não passa um dia sem Internet, gosta de dormir tarde e acordar tarde – ele olhou fundo em meus olhos – Quando esta brava meche o pé sem parar, estrala os dedos quando se sente insegura ou nervosa, meche no cabelo sem parar, olha a unha quando passa por muitas pessoas e esta sozinha, toma sorvete e come chocolate quando esta deprimida, quando não dorme comigo tem pesadelos, o seu maior medo é zumbis, tem medo de perder seus amigos, tem medo de redemoinhos, medo de olhar pro céu à noite, gosta de ler e escrever, morde o lábio quando passa um garoto bonito – ele fez careta quando disse isso, eu tive que sorrir – quando esta pensativa morde a unha, só morde mesmo, não gosta de vestidos, saias, porque quando você senta, senta igual um garoto... Em fim, quando eu te dei um anel de diamantes em forma de coração, você ia reclamar, não gosta que eu gaste meu dinheiro com você, mas ai eu te imterrompi e disse que era da minha avó, você disse que amou, duas semanas depois descobri que você odeia diamantes. – a gente riu.
    ▬ Nossa eu nem sei o que dizer sobre como sou... – ele me cortou.
    ▬ Você é linda, seus cabelos escuros, seus olhos escuros me deixam louco quando você não me conta alguma coisa... Você é única diferente e queria que ainda fosse minha.
    ▬ Ainda não tive a oportunidade de me olhar no espelho – ele tirou o celular do bolso e mexeu nele por segundos. Ele me mostrou a foto de uma garota de cabelos longos escuros, olhos escuros, um sorriso de orelha a orelha, nem tão branca nem tão morena, os olhos brilhando de tanta alegria, seus braços em volta de um garoto loiro... O garoto que esta aqui ao meu lado – Qual seu nome?
    ▬ É mesmo – ele riu – ate esqueci, meu nome é Jãsten Bieber prazer.
    ▬ Prazer... Porque você disse que eu sou sua fã, você é famoso?
    ▬ É, eu sou cantor.
    ▬ Ata – eu disse como se ele tivesse me dizendo ‘eu como comida’. Mas na verdade eu queria ouvir a voz dele.
    ▬ Você uma vez me mordeu na bochecha, ficou roxo e dolorido por uma semana... Quando a gente chegar quer ir comigo ao parque?
    ▬ Parque? – minha mente não me da muitas informações sobre algumas coisas.
    ▬ É você vai gostar.
    ▬ Ta bom então, você deve saber as coisas sobre mim.. Eu acho.
    ▬ Não, ninguém sabe o que você pode fazer.
    ▬ Você ta me assustando.
    ▬ Não, você esta se assustando, essa pessoa de quem falo é você.
    ▬ Mas você quem ta falando.
   
    Chegamos ao Canadá. Na casa todos se apresentaram. Eu fui dormir, já era tarde, bem tarde quando a gente chegou.
    Oito de Janeiro de 2012. Acordei e o relógio marcava 11:10.
    ▬ Sabe que dia é hoje? – perguntou o Justin.
    ▬ Sei, oito de janeiro, tava no celular que parece ser meu – eu coloquei um celular azul em cima da mesa.
    ▬ É, oito é o seu numero favorito – qual é a graça em um numero oito? – Toma.
    Ele  me deu bacon e suco. Eu comi quieta evitando olhar pra ele, com medo de que eu me perdesse em seu olhar mais uma vez.
    ▬ Cadê a Jazmyn? Cadê todo mundo?
    ▬ Não sei, sei que minha mãe foi no hospital ver umas coisinhas sobre seu.. Humm... Estado – ele fez uma careta.
    Eu fui pra sala e comecei a assistir um desenho, de uma esponja amarela que mora no fundo do mar, que usa uma calça quadrada... Eu ri de mais... Como uma esponja... Esquece!
    Ele não disse mais nada nem eu. As cinco da tarde. Ele mandou eu subir e tomar um banho que a gente ia pro parque. Eu tomei um banho e me vesti de qualquer jeito e coloquei uma blusa frio. E desci. Ele não disse nada sobre o jeito que me vesti, quem sabe não é assim que eu me visto. Ele me puxou pra dentro do carro. Depois de duas quadras ele estacionou.
    ▬ Aqui – ele disse abrindo a porta do carro pra mim.
    Não tinha muitas estrelas no céu. Os brinquedos brilhantes, todos ali nos olharam, mas ninguém veio gritando ou algo do tipo. Ele comprou pipoca doce pra mim e salgada pra ele.
    ▬ E se eu não quisesse pipoca doce? – eu perguntei enquanto a gente andava.
    ▬ Você perdeu a memória, eu sei do que você gosta.
    ▬ Ai, essa doeu.
    ▬ Você é boba ate quando perde a memória sabia.
    ▬ E você... E você... Ah não sei perdi a memória.
    Ele riu e a gente foi na roda gigante. Eu sentei claro ao seu lado, aquilo foi subindo e ficando mais alto. Paramos bem no alto, no topo.
    ▬ Porque a gente terminou? – eu perguntei olhando pra baixo.
    ▬ Não quero falar sobre isso agora.
    ▬ Pode não ser agora, mais eu vou querer saber.
    Ficamos em silencio até aquilo parar e a gente descer. Ele parou em um lugar em que tinha uns patinhos... Sei la.
    ▬ Se é retardado? – eu perguntei enquanto ele apontava uma arma pros pato.
    ▬ Não! Para com isso – ele se ofendeu. Legal.
    ▬ Porque?
    ▬ Até sem memória você faz isso! – ele atirou, acertou.
    ▬ Ta bom. Chato – ele atirou de novo. Acertou os cinco patinhos amarelos.
    ▬ Aprenda com o mestre! – e piscou. Ele ganhou um urso médio lilás e branco e me deu – pra você.
    ▬ Brigada.
    ▬ Bem... Sabe... Os médicos disseram que você se recupera em uma semana mais ou menos, depende.
    ▬ Isso não é tão bom não é? – eu deduzi pelo rosto dele.
    ▬ Porque diz isso? – ele parou e sentou em um banco que tinha perto de uma barraca de maçãs do amor.
    ▬ Pelo seu rosto... Você não me engana. – ele me olhou.
    ▬ É, eu não fiz uma coisa boa, afinal a gente terminou por causa desse erro. E a culpa é minha então... Não sei se quando voltar sua memória você vai estar falando comigo igual agora.
    ▬ Queria saber o que é.
    ▬ Mas não vou dizer... Não agora.
    Ele levantou e me levou para a montanha russa e todos os outros brinquedos que tinha ali. A gente conversou, brincou e comeu muito. No começo não tinha muita gente atrás da gente, mas com o passar do tempo começou a vim umas garotas.
    Eu o observei bem. Agora eu sei muito bem porque eu o amava, ou melhor amo. Porque agora eu o amo mesmo. Ele é tão simpático, bobo... Ele é meio que perfeito pra mim. E acho que pra todas essas garotas.
    A gente foi pra casa. Eu ganhei dois ursinhos dele, quando eu jogava, eu perdia e ele ria muito.
    ▬ Vem cá, vou te mostrar uma coisa. – a gente subiu e foi pro quarto.
    Ele me levou pro quarto dele, pegou um violão e disse:
    ▬ Essa canção eu fiz pra você.
    Eu chorei.

    ▬ Megan? Jãsten? – parece a voz da Pattie.
    Eu estava em meu suposto quarto e o Jus no dele. Quando abri a porta, ele abriu no mesmo tempo que eu. A gente sorriu e descemos.
    ▬ Jãsten o que você ta fazendo com ela? – disse a Caitlin, se não me engano. Desde o primeiro momento em que vi ela eu não gostei dela. Não sei, senti que a gente não se dava muito bem há muito tempo.
    ▬ A gente não tava junto – eu disse, eu parei e olhei pra ela, fiz uma careta – Você é vesga? – eu ouvi o Justin e os outros rindo.
    ▬ Pattie ela não pode me fazer raiva eu estou gra... – mas o Justin interrompeu.
    ▬ E ai mãe o que deu? Lá? – eu desconfiei. Caitlin e uma menina de cabelo ruim e alto se entreolharam.
    ▬ A Megan amanhã bem cedo vai ter que ir no hospital, eles vão fazer uns exames e vão fazer tudo de novo praticamente.
    ▬ Que horas? – eu perguntei.
    ▬ As oito.
    ▬ Cedo – eu fiz uma careta indesejada.
    A gente assistiu. Eu e o Jus nos olhamos ao mesmo tempo. E ficamos ali feito bobos.
    ▬ Jãsten! – disse a Caitlin. Eu não entendia o ligamento deles.
    Mais tarde eu e a Nathana conversamos um pouco e eu deitei. Alguém bateu na porta.
    ▬ Oi – eu disse estranhamente para a garota do cabelo ruim.

4 comentários:

  1. hum acho qe a garota do cabelo ruim é a jasmine. Ok vou estragara surpresa saspaiosiapsipaipsiapsipoais, parei u.u

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  2. aaai que lindo amei de mais ♥ ooh unico poblema agora é a gravides da cait

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  3. Coontinuua é peerfeito.. Amoo Muito a sua história.!

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